quarta-feira, 21 de abril de 2010
Desordem
Pessoas no lugar errado,
pensamentos no lugar de sonhos.
Sonhos desfocados da vontade,
vazio no coração.
Palavras que nada exprimem,
caminhos que não conduzem.
Mensagens que não ensinam,
éticas jogadas no chão.
Ideologias cruzadas,
destinos paralelos.
Ilhas humanas
de objetivos naufragados.
O horizonte esconde
o resto do caminho.
Os pés confiam,
vão em busca do futuro.
No escuro do silêncio
a alma pede perdão.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Eu e a Noite
Fecho os olhos
e ouço a noite chegando.
O frio das paredes se espalha
no meu peito.
Frestas e vãos ainda entregam um
pouco de luz fraca.
Procuro dentro de mim
um motivo para não me distrair,
não posso dormir.
Quero estar acordada
enquanto a noite avança.
Quero ouvir seus lamentos
e sentir seus medos,
descobrir as razões,
desvendar alguns segredos.
Quero a companhia
de sua solidão.
Não me importam
seus riscos,
nem me incomodam seus caprichos.
Enquanto houver o horizonte negro
além da minha janela,
onde o céu abraça o chão
o tempo inteiro,
pensamentos são flores perdidas
e fazem de mim
o seu canteiro.
Não será preciso procurar,
as coisas vêm ao meu encontro.
As palavras que esqueci,
os amigos que tive,
os abraços que eu dei,
as rugas que não notei...
O frio da noite refresca
a memória.
Dos seus porões saem
as dúvidas.
Em seus corredores ecoam
as respostas.
Roberta Marcon
© Todos os direitos reservados
Fecho os olhos
e ouço a noite chegando.
O frio das paredes se espalha
no meu peito.
Frestas e vãos ainda entregam um
pouco de luz fraca.
Procuro dentro de mim
um motivo para não me distrair,
não posso dormir.
Quero estar acordada
enquanto a noite avança.
Quero ouvir seus lamentos
e sentir seus medos,
descobrir as razões,
desvendar alguns segredos.
Quero a companhia
de sua solidão.
Não me importam
seus riscos,
nem me incomodam seus caprichos.
Enquanto houver o horizonte negro
além da minha janela,
onde o céu abraça o chão
o tempo inteiro,
pensamentos são flores perdidas
e fazem de mim
o seu canteiro.
Não será preciso procurar,
as coisas vêm ao meu encontro.
As palavras que esqueci,
os amigos que tive,
os abraços que eu dei,
as rugas que não notei...
O frio da noite refresca
a memória.
Dos seus porões saem
as dúvidas.
Em seus corredores ecoam
as respostas.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
“Ex abundantia cordis os loquitur”
A boca fala do que é abundante no coração.
“Ninguém pode calcular a potência venenosa de uma palavra má num peito amante”.
“A palavra foi dada ao comum dos mortais para comunicar os seus pensamentos e aos sábios para os disfarçar”.
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”.
(Voltaire)
“Quem não compreende um olhar também não compreenderá uma longa explicação”.
(Provérbio árabe)
“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies”.
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sábado, 2 de janeiro de 2010
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