quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Fim do Dia

Fim do Dia

O horizonte interrompe o sol

que exibe-se ao meio

no fim da tarde.

O ar morno espalha aromas

que lembram distâncias,

que simbolizam prazeres.

O coração se enche de paz

e distrai um pouco os pensamentos.

As pessoas desaceleram seu ritmo,

seus horários, sua urgência.

Guardam seus problemas,

escondem suas preocupações

e adiam seus medos.

É hora de parar.

E toda a agitação do dia

dá lugar a movimentos mais lentos.

Pode-se notar no ar

uma expectativa inconsciente

e coletiva de que

as coisas poderão

se resolver depois.

O fim do dia é sempre

momento de reflexão.

É quase inevitável a sensação

de que algo chega ao fim.

E, nesse momento,

a poesia inesperada tem lugar

no coração de quem ama a vida.


Roberta Marcon

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